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quinta-feira, 17 de março de 2016

EDUCAR É SEMEAR


 Uma frase não sai de minha cabeça. Trata-se de uma citação de um grande escritor brasileiro, médico, psiquiatra, psicoterapeuta, doutor em psicanálise, o Augusto Cury: " Educar é semear com sabedoria e colher com paciência." Não sei porque esta frase ficou martelando dentro da minha cabeça. Em algum momento, peguei meu bloco e uma caneta e comecei a escrever sobre o assunto.
Segundo Paulo Freire, " Educar é um ato de amor". Então se sabemos que a educação é uma semeadura feita com amor, o que impede que façamos bem o nosso trabalho? Por que a educação deixa a desejar? Por que temos alunos alfabetizados e não letrados? De acordo com o  PNE( Plano Nacional da Educação), as crianças devem estar alfabetizadas até os oito anos de idade,  lendo e escrevendo pequenos textos, fazendo inferências. Mas, a realidade é outra, infelizmente. 
Ainda tem o PNAIC( Plano Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa), que diz: "Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações; ler e produzir textos, para atender a diferentes propósitos - a criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz".
Mas, tudo ainda é só teoria, na prática estamos engatinhando. Nossas crianças precisam ser mais estimuladas e orientadas. O professor não deve lavar as mãos diante destas questões. Quando a criança tiver dificuldade de aprender, ela precisa de mais atenção, de alguns cuidados específicos. Mas, o que acontece é o professor dizer que não é problema dele, que a culpa é da família e da escola. Ou pasmem, que a culpa é da criança, que a mesma é preguiçosa.
Inês Kisil Miskalo, do Instituto Ayrton Senna, diz:" 99% do fracasso não é do aluno, e sim, da forma como ela foi trabalhada, tanto em casa quanto na escola. Por aí, percebemos que todos são responsáveis pela alfabetização da criança. Pais, professores, juntos de mãos dadas, em prol da educação do filho/aluno.

17.03.2016

domingo, 13 de março de 2016

O MAL-AMADO

E percebi, que pessoas mal-amadas são perigosas. Elas envenenam nossas vidas e o pior, percebemos, mas como mosca pega numa armadilha, não procuramos fugir, somos envolvidos, capturados. Pessoas mal-amadas, não falam, choram. Não argumentam, mas convencem. São ardilosas, inventam situações, mentem. Gostam de ver o circo pegar fogo literalmente, sentem prazer em ver o outro sofrer, também. Porque não podemos negar, o mal amado é um sofredor, sofre tanto com seus medos que só conseguem sobreviver sugando a felicidade do outro. Gente mal-amada me assusta, confesso. Fico arrepiada quando percebo um deles. Tento sair de fininho, dou desculpas para não aceitar seus convites, risco da minha agenda telefônica, escluo das redes sociais, sabe como é, busco me proteger como posso. Fico na esperança que alguém invente uma vacina para nos proteger de gente assim, mortalmente doente. Mas, nem sempre foi assim. Eu tinha pena, ficava compadecida, tentava ajudar e pasmem, quando menos esperava, uma picada envenenada. Pois é, eles são venenosos, quando picam, ficamos acamados, enfermos, com dores terríveis na alma e no coração. Muito tempo para uma recuperação plena. O corpo cicatriza rápido, mas quando a ferida é na alma, a coisa muda de figura. O mal-amado também é conhecido como amigo falso, traíra, sangue ruim e etc. A diferença do mal-amado para o bem-amado, é que o bem-amado, cai, se levanta e segue adiante, o mal-amado, cai e tenta se levantar derrubando o outro. Está com pena, leve um deles para sua casa. Depois me dê um feedback.
13.03.2016

Cris Souza

CRIS SOUZA

sábado, 12 de março de 2016

Minhas Saudades

De vez em quando, bate uma saudade. Saudade da minha infância, dos meus amigos queridos que não encontro mais, da minha professorinha que me ensinou o bê-a-bá, do catecismo, das brincadeiras de roda e pega-pega. Sim, assumo, sou uma pessoa saudosista de carteirinha.
Saudade dói, machuca, mas contudo devolve a nós, momentos marcantes, belos, que teimam em ficar como lembranças. Sinto falta das conversas na porta de casa, com os vizinhos, dos passeios para tomar banho no rio e dos cozinhados que fazia com minhas irmãs, no quintal de casa, com os ingredientes doados por nossa mãe.
Saudade da minha cartilha, da minha saia plissada do uniforme escolar e da sopa de verdura, onde todos que podiam, levavam uma verdura.
Só não sinto falta da sala da direção, onde nunca fiquei, mas fui ameaçada uma única vez de ficar de castigo ao lado de um esqueleto, kkkkkkk. Hoje não sei, se o tal esqueleto existia. Mas morria de medo.
Vejo que minhas memórias mais reais, são os fatos vividos no chão da escola. Tudo meu gira em torno de uma escola. Minha saudosa mãe dizia, esta nasceu para ser professora, ou então: "Ela vai morrer" de tanto estudar". Lembranças boas, saudades fincadas na alma. Vou parar por aqui, me deu saudade de mim.

12.03.2016

domingo, 6 de março de 2016

A Porta do armário

E tem momentos que ficamos tristes, sem vontade sair, de ver gente, enfim de viver. Conversando com meu amigo filósofo e escritor Domingos Pascoal de Melo, cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras sobre este momento de fragilidade, fiquei estimulada a escrever este texto.
Somos suscetíveis a queda de humor, acredito que em algum momento abrimos a porta do armário das tristezas e ficamos cara a cara com os nossos medos. Cabe a nós buscarmos forças para fechar a porta do armário e seguirmos adiante.
E assim fico a imaginar nossos estudantes que chegam a  escola emburrados, chateados e ficam dispersos sem aprender. Crianças que por algum motivo são infelizes, mas que a escola não busca saber de verdade quais são estas razões de fato. Não acredita que as crianças se estressam e nem que tenham a necessidade de abrir a porta do armário.
Precisamos entender que  elas são homens  e mulheres pequenos, são nossas miniaturas com sentimentos e vontade. Têm sentimentos como a raiva, alegria, tristeza, decepção e etc. A escola necessita olhar cada criança com mais atenção, reconhecer o ser dentro dela e formar cidadãos prontos para transformar o mundo que nos cerca. Criança feliz é criança livre, determinada e capaz de aprender e apreender. 
Já dizia Paulo Freire:


Escola é

... O lugar que se faz amigos.

Não se trata só de prédios, salas, quadros,

Programas, horários, conceitos...

Escola é sobretudo, gente

Gente que trabalha, que estuda

Que alegra, se conhece, se estima.


O Diretor é gente,

O coordenador é gente,

O professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.


E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um se comporte

Como colega, amigo, irmão.


Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”

Nada de conviver com as pessoas e depois,

Descobrir que não tem amizade a ninguém.


Nada de ser como tijolo que forma a parede,Indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!


Ora é lógico...


Numa escola assim vai ser fácil!Estudar, trabalhar, crescer,

Fazer amigos, educar-se, ser feliz.

É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo. 



Educadora Cris Souza
07.03.2016

quinta-feira, 3 de março de 2016

As crianças e a alfabetização nossa de cada dia

A criança estar no 5º ano sem saber escrever o seu próprio nome, é chocante demais. De quem é a culpa? dos pais, da escola, do sistema ou da própria criança?
Realmente não dá para entender algo desta natureza. As crianças são inteligentes, perspicazes e espertas. Não tem como justificar um fracasso desta proporção. A escola precisa assumir o seu papel em todo processo. A criança tem que aprender de forma efetiva a se comunicar usando a palavra escrita e falada. Não tem justificativa para explicar esta falta de vergonha. Todos precisam assumir a sua parcela de culpa e buscar reverter este triste quadro, tratando este estudante como se fosse alguém agonizando numa UTI. Todos juntos em prol de curar a doença do analfabetismo. Alfabetizar é ensinar a criança a ler o mundo. E a criança que aprende a ler o mundo, é uma criança participativa e independente. Nesta idade, aos 10 anos, a criança precisa ler, escrever bem, e interpretar o texto com excelência, a não ser que a mesma tenha algum distúrbio mental. O professor não pode lavar as mãos, os pais precisam correr atrás do prejuízo e a criança, entender que estudar é uma necessidade vital. Que só o conhecimento transforma o homem e a sociedade. Está na hora de acordarmos para estas questões. A educação libertadora não sufoca o indivíduo, muito pelo contrário, liberta e fortalece o ser. Vamos educar as nossas crianças para não precisarmos punir os adultos ( Pitágoras).

Educadora Cris Souza
03.03.2016

terça-feira, 1 de março de 2016

O PAPEL DOS LIVROS NA SALA DE AULA


A criança que lê desenvolve seu senso crítico e aprende a escrever com mais facilidade. A leitura em sala de aula precisa ser prazerosa. Devemos incutir em nossos alunos que ler é gostoso, não é trabalhoso e que não exige muitos esforços. Então é imprescindível que as crianças convivam com os livros, também na escola, e que esta aproximação perpasse os conteúdos programáticos, que extrapole o desenvolvimento sistemático da escolarização.
Alguns professores têm dificuldade em trabalhar a literatura em sala de aula, porque pensam que é algo solto, sem muito objetivo técnico e que a literatura só tem algum valor se acompanhada de algum ensinamento de cunho pedagógico.
Assim, Bakhtin (1992) expressa sobre a literatura infantil abordando que por ser um instrumento motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
Quando a criança lê, ela tem a possibilidade de reflexionar, interpretar, interrogar, duvidar e tecer críticas, capazes de fazê-la fugir de pensamentos estereotipados.
Como escrevia Jacinto do Prado Coelho, “não há disciplina mais formativa que a do ensino da literatura. Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade, gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico – a tudo isso faz apelo à obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza”.
Por um lado a escola quer explorar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno, mas em contrapartida apresenta uma leitura que eles não se identificam e fazem-no somente por obrigação. A literatura deve ser uma aliada do professor, ajudando-o a formar leitores reflexivos. De forma contraditória, o professor dificulta o processo, em alguns casos, por não gostar de ler.  Segundo Luiz Raul Machado, especialista em literatura infantil "não se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto as salas de aula brasileiras estão repletas de pessoas que, apesar de não ler, tentam ensinar". O Rubem Alves diz:” O livro é um brinquedo com letras”. Então convido a escola para entrar nesta brincadeira.

Educadora Cris Souza

01.03.2016

domingo, 28 de fevereiro de 2016

MEU FAZER PEDAGÓGICO

Sempre trabalhei buscando fomentar a leitura e a escrita, desde que fui alfabetizada. Daí alfabetizei as irmãs, os vizinhos e hoje busco atingir a todos com minhas ideias maluquinhas, kkkkk, a Biblioteca Comunitária Bcvl, Café Poético Sergipano e o Sarau Sergipano de Mulheres. E o melhor, sempre encontro sonhadores como eu, não é Domingos Pascoal, Claudia Stocker e Neide Honorato? Na foto, em 2007, respondo pq criei a BCVL. Porque percebi que as crianças que frequentavam o cantinho de leitura da sala, eram mais desenvolvidas. A leitura é tudo de bom.

OS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

O título deste artigo é angustiante. Posso deixar meu leitor ou leitora confuso. Se eu sei os problemas, também sei quais são as soluções. Que eu descobri a fórmula mágica. Não é isso. Eu sei pontuar os problemas, porque vivo a educação 24 horas, como professora que sou com quase 20 anos de magistério público. Sei o que é querer dar uma aula e não ter nem o giz, pedir uma folha de sulfite e escutar um não. Lápis de colorir nem pensar.  Realmente ser professor num país que não entende, que a educação liberta seu povo, é complicado.
O Brasil ocupa a 60ª posição no ranking de educação, numa lista com 76 países, só ficando a frente de países como Argentina, Colômbia e Gana, segundo  os dados da OCDE( A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Mas porque isto acontece? Eu acredito que seja devido o valor de investimento por aluno, que é um dos menores.
Enquanto aqui se gasta U$ 2.751 por aluno, a Rússia gasta U$ 4.100 e os Estados Unidos U$ 10.000. Claro que este não é o único problema da Pátria Educadora, mas é uma das barreiras e o que mais dificulta. Um governo que não investe na educação do seu povo, não é um governo para ser levado a sério.

Esta sou EU



E eu estou terminando um curso de Conselheiros Escolares( MEC), Gestão para a Aprendizagem, pela Fundação Lemann e Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica, pela Gama Filho, este último mais uma pós, tudo online, fora minhas atribuições profissionais, livros para lançar, o Café Poético Sergipano e o Sarau Sergipano de Mulheres. Não vamos esquecer o meu xodó, Biblioteca Comunitária Bcvl, POXA, sabe de uma coisa, gosto disso, penso que nasci para ficar de pé, para correr se for o caso, porque não sei esperar, nasci de 7 meses. Não reclamo dos meus afazeres, a vida para mim é isso, é movimento, é fazer a hora, é não culpar os outros pelos meus defeitos e limitaçoes. Eu crio, isso todo mundo sabe, não copio e não deixo de dar os créditos, sou vaidosa, meu grande defeito, mas amo as pessoas, amo gente. Quando morrer,quero deixar uma mensagem de otimismo, se vc quer, vc pode. Que venha o MAC/ASL- Academia Sergipana de Letras, estou pronta para colaborar. Goethe já alerta: quem tem bastante por dentro, pouco precisa de fora, gostei. Vou começar a praticar, quem sabe chego a Deus, mais depressa, rs.

Educadora Cris Souza
03.10.2015

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