A criança que lê
desenvolve seu senso crítico e aprende a escrever com mais facilidade. A
leitura em sala de aula precisa ser prazerosa. Devemos incutir em nossos alunos
que ler é gostoso, não é trabalhoso e que não exige muitos esforços. Então é
imprescindível que as crianças convivam com os livros, também na escola, e que
esta aproximação perpasse os conteúdos programáticos, que extrapole o
desenvolvimento sistemático da escolarização.
Alguns professores têm
dificuldade em trabalhar a literatura em sala de aula, porque pensam que é algo
solto, sem muito objetivo técnico e que a literatura só tem algum valor se
acompanhada de algum ensinamento de cunho pedagógico.
Assim, Bakhtin (1992)
expressa sobre a literatura infantil abordando que por ser um instrumento
motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito
ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em
que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
Quando a criança lê, ela
tem a possibilidade de reflexionar, interpretar, interrogar, duvidar e tecer
críticas, capazes de fazê-la fugir de pensamentos estereotipados.
Como escrevia Jacinto
do Prado Coelho, “não há disciplina mais formativa que a do ensino da
literatura. Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade,
gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico – a tudo isso faz apelo à
obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza”.
Por um lado a escola
quer explorar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno, mas em contrapartida
apresenta uma leitura que eles não se identificam e fazem-no somente por
obrigação. A literatura deve ser uma aliada do professor, ajudando-o a formar
leitores reflexivos. De forma contraditória, o professor dificulta o processo,
em alguns casos, por não gostar de ler.
Segundo Luiz Raul Machado, especialista em literatura infantil "não
se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto as salas de
aula brasileiras estão repletas de pessoas que, apesar de não ler, tentam
ensinar". O Rubem Alves diz:” O livro é um brinquedo com letras”. Então
convido a escola para entrar nesta brincadeira.
Educadora Cris Souza
01.03.2016
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