E eu conto histórias desde que me conheço. Contava para minhas bonecas, para as irmãs e vizinhos. Já fazia parte do meu faz de conta, do meu imaginário, ser uma mestra. Minha imaginação ia muito além do "normal". Eu transcedia naturalmente, desde os meus 8 anos de idade. Fechava os olhos e me via numa sala, cheia de alunos e alunas e eu era a professorinha, esperta, sabida, aquela que sempre tinha uma resposta para todas as perguntas. Meus bonequinhos faziam parte do cenário. As histórias vinham com tanta facilidade, como as águas do rio que desaguam no mar. Então posso dizer que sou uma professora-contadora de histórias. Fico feliz por isso. Com uma imaginação fértil, dificilmente eu permito que alguém entre dentro da minha cabeça. Chamo este vislumbre de blindagem.
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quarta-feira, 20 de setembro de 2023
quinta-feira, 17 de março de 2016
EDUCAR É SEMEAR
Uma frase não sai de minha cabeça. Trata-se de uma citação de um grande escritor brasileiro, médico,
psiquiatra, psicoterapeuta, doutor em psicanálise, o Augusto Cury: "
Educar é semear com sabedoria e colher com paciência." Não sei porque esta
frase ficou martelando dentro da minha cabeça. Em algum momento, peguei meu
bloco e uma caneta e comecei a escrever
sobre o assunto.
Segundo Paulo
Freire, " Educar é um ato de amor". Então se sabemos que a educação é
uma semeadura feita com amor, o que impede que façamos bem o nosso trabalho?
Por que a educação deixa a desejar? Por que temos alunos alfabetizados e não
letrados? De acordo com o PNE( Plano Nacional da Educação), as crianças
devem estar alfabetizadas até os oito anos de idade, lendo e escrevendo
pequenos textos, fazendo inferências. Mas, a realidade é outra,
infelizmente.
Ainda tem o PNAIC(
Plano Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa), que diz: "Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações; ler e produzir textos, para atender a diferentes propósitos - a criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz".
Mas, tudo ainda é só
teoria, na prática estamos engatinhando. Nossas crianças precisam ser mais
estimuladas e orientadas. O professor não deve lavar as mãos diante destas
questões. Quando a criança tiver dificuldade de aprender, ela precisa de mais atenção, de alguns cuidados específicos. Mas, o que acontece é o professor dizer que não é problema dele, que a culpa é da família e da escola. Ou pasmem, que a culpa é da criança, que a mesma é preguiçosa.
Inês Kisil Miskalo,
do Instituto Ayrton Senna, diz:" 99% do fracasso não é do aluno, e sim, da
forma como ela foi trabalhada, tanto em casa quanto na escola. Por aí,
percebemos que todos são responsáveis pela alfabetização da criança. Pais,
professores, juntos de mãos dadas, em prol da educação do filho/aluno.
17.03.2016
domingo, 13 de março de 2016
O MAL-AMADO
E percebi, que pessoas mal-amadas são perigosas. Elas envenenam nossas vidas e o pior, percebemos, mas como mosca pega numa armadilha, não procuramos fugir, somos envolvidos, capturados. Pessoas mal-amadas, não falam, choram. Não argumentam, mas convencem. São ardilosas, inventam situações, mentem. Gostam de ver o circo pegar fogo literalmente, sentem prazer em ver o outro sofrer, também. Porque não podemos negar, o mal amado é um sofredor, sofre tanto com seus medos que só conseguem sobreviver sugando a felicidade do outro. Gente mal-amada me assusta, confesso. Fico arrepiada quando percebo um deles. Tento sair de fininho, dou desculpas para não aceitar seus convites, risco da minha agenda telefônica, escluo das redes sociais, sabe como é, busco me proteger como posso. Fico na esperança que alguém invente uma vacina para nos proteger de gente assim, mortalmente doente. Mas, nem sempre foi assim. Eu tinha pena, ficava compadecida, tentava ajudar e pasmem, quando menos esperava, uma picada envenenada. Pois é, eles são venenosos, quando picam, ficamos acamados, enfermos, com dores terríveis na alma e no coração. Muito tempo para uma recuperação plena. O corpo cicatriza rápido, mas quando a ferida é na alma, a coisa muda de figura. O mal-amado também é conhecido como amigo falso, traíra, sangue ruim e etc. A diferença do mal-amado para o bem-amado, é que o bem-amado, cai, se levanta e segue adiante, o mal-amado, cai e tenta se levantar derrubando o outro. Está com pena, leve um deles para sua casa. Depois me dê um feedback.
13.03.2016
Cris Souza
13.03.2016
Cris Souza
sábado, 12 de março de 2016
Minhas Saudades
De vez em quando, bate uma saudade. Saudade da minha infância, dos meus amigos queridos que não encontro mais, da minha professorinha que me ensinou o bê-a-bá, do catecismo, das brincadeiras de roda e pega-pega. Sim, assumo, sou uma pessoa saudosista de carteirinha.
Saudade dói, machuca, mas contudo devolve a nós, momentos marcantes, belos, que teimam em ficar como lembranças. Sinto falta das conversas na porta de casa, com os vizinhos, dos passeios para tomar banho no rio e dos cozinhados que fazia com minhas irmãs, no quintal de casa, com os ingredientes doados por nossa mãe.
Saudade da minha cartilha, da minha saia plissada do uniforme escolar e da sopa de verdura, onde todos que podiam, levavam uma verdura.
Só não sinto falta da sala da direção, onde nunca fiquei, mas fui ameaçada uma única vez de ficar de castigo ao lado de um esqueleto, kkkkkkk. Hoje não sei, se o tal esqueleto existia. Mas morria de medo.
Vejo que minhas memórias mais reais, são os fatos vividos no chão da escola. Tudo meu gira em torno de uma escola. Minha saudosa mãe dizia, esta nasceu para ser professora, ou então: "Ela vai morrer" de tanto estudar". Lembranças boas, saudades fincadas na alma. Vou parar por aqui, me deu saudade de mim.
12.03.2016
terça-feira, 1 de março de 2016
O PAPEL DOS LIVROS NA SALA DE AULA
A criança que lê
desenvolve seu senso crítico e aprende a escrever com mais facilidade. A
leitura em sala de aula precisa ser prazerosa. Devemos incutir em nossos alunos
que ler é gostoso, não é trabalhoso e que não exige muitos esforços. Então é
imprescindível que as crianças convivam com os livros, também na escola, e que
esta aproximação perpasse os conteúdos programáticos, que extrapole o
desenvolvimento sistemático da escolarização.
Alguns professores têm
dificuldade em trabalhar a literatura em sala de aula, porque pensam que é algo
solto, sem muito objetivo técnico e que a literatura só tem algum valor se
acompanhada de algum ensinamento de cunho pedagógico.
Assim, Bakhtin (1992)
expressa sobre a literatura infantil abordando que por ser um instrumento
motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito
ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em
que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
Quando a criança lê, ela
tem a possibilidade de reflexionar, interpretar, interrogar, duvidar e tecer
críticas, capazes de fazê-la fugir de pensamentos estereotipados.
Como escrevia Jacinto
do Prado Coelho, “não há disciplina mais formativa que a do ensino da
literatura. Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade,
gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico – a tudo isso faz apelo à
obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza”.
Por um lado a escola
quer explorar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno, mas em contrapartida
apresenta uma leitura que eles não se identificam e fazem-no somente por
obrigação. A literatura deve ser uma aliada do professor, ajudando-o a formar
leitores reflexivos. De forma contraditória, o professor dificulta o processo,
em alguns casos, por não gostar de ler.
Segundo Luiz Raul Machado, especialista em literatura infantil "não
se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto as salas de
aula brasileiras estão repletas de pessoas que, apesar de não ler, tentam
ensinar". O Rubem Alves diz:” O livro é um brinquedo com letras”. Então
convido a escola para entrar nesta brincadeira.
Educadora Cris Souza
01.03.2016
domingo, 28 de fevereiro de 2016
MEU FAZER PEDAGÓGICO
Sempre trabalhei buscando fomentar a leitura e a escrita, desde que fui alfabetizada. Daí alfabetizei as irmãs, os vizinhos e hoje busco atingir a todos com minhas ideias maluquinhas, kkkkk, a Biblioteca Comunitária Bcvl, Café Poético Sergipano e o Sarau Sergipano de Mulheres. E o melhor, sempre encontro sonhadores como eu, não é Domingos Pascoal, Claudia Stocker e Neide Honorato? Na foto, em 2007, respondo pq criei a BCVL. Porque percebi que as crianças que frequentavam o cantinho de leitura da sala, eram mais desenvolvidas. A leitura é tudo de bom.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Educação: o que está errado?
Vivo preocupada com todos, principalmente com as crianças da periferia. Geralmente são elas a minha clientela, já que faço parte do corpo docente desta cidade. Sou professora da rede pública estadual e municipal. Vejo eles e me vejo. Também fui aluna de periferia, de escola pública. Filha do meio, de mãe dona de casa e pai mestre de obras. Família humilde mas focada em um só viés: educar bem os filhos. Estudei desde cedo no Grupo Escolar Ivo do Prado, vesti saia de pregas de tergal azul e blusa com mangas de poliéster branca e escudo da escola no bolso. Tempo bom. Tínhamos recreio e uma merenda boa. Sempre que fecho os olhos, recordo-me do dia da sopa e da professora pedindo para cada um de nós trazer um legume. Estudei muito, gostava de ler os livros didáticos, principalmente o de português, que tinha pedaços de textos, dos grandes poetas e escritores brasileiros. Assim conheci Drummond de Andrade, Clarice Lispector e tantos outros. Fui alfabetizada precocemente lendo o livro de páginas amarelas que pertencia a minha mãe Dona Guiomar, era as aventuras do Robson Crusoé. Esta minha bagagem, serve para eu tentar entender meus alunos e ajudá-los. Se eu consegui, porque eles não podem conseguir? o que está errado e o que não funciona? O nosso país precisa reinventar uma forma de educar as nossas crianças, com leveza e ludicidade. As escolas precisam acompanhar o interesse da gurizada. Escolas feias e sem graça não cativa. A escola precisa ser escola de aprender. De verdade. Professor deprimido e infeliz, faz mal a ele e aos seus alunos. Conteúdos extensos e cansativos requer uma metodologia específica. Eu acredito que podemos fazer mais, porque nossos jovens não merecem menos que isso. Só precisamos de coragem e vontade de fazer. Eu acredito.
Autora: Cris Souza
Autora: Cris Souza
14/12/2016
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Posse de Tamária Santos Duca Pinheiro
Numa manhã de verão, lindíssima, a Secretária Adjunta da Educação Municipal, Osvaldina Cruz, empossou a minha querida colega Tamária Santos Duca Pinheiro, como Coordenadora Pedagógica na minha gestão. Agora sim, minha equipe de trabalho está mil. Seja bem-vinda professora, a EMEF Alencar Cardoso. Opsss, faltei registrar a presença, da querida Arthemízia Fontes, a secretária escolar da nossa Unidade de Ensino.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Educar é um ato de amor
Sou pedagoga, especialista em educação, e acredito que posso ajudar a melhorar a educação do meu país. Sou muito feliz em trabalhar no que eu gosto e no que acredito. Por isso, todos os dias, acordo feliz. Sei que faço a diferença, que dou a minha parcela de contribuição para a educação realmente ser um direito de todos, independentemente da classe social.
Como disse o querido mestre Paulo Freire, Educar é um ato de amor.
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