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sábado, 12 de outubro de 2019

ACADEMIA DE LETRAS ESTUDANTIL DE SERGIPE - ALES




No dia nove de outubro do ano de dois mil e dezenove, estivemos concretizando um sonho nosso e de quarenta estudantes da rede pública e particular, com a faixa etária variada, entre sete e dezessete anos, membros da ALES-Academia de Letras Estudantil de Sergipe, sodalício que fundei e presido desde agosto de dois mil e dezesseis.
Estivemos no Átrio do Museu da Gente Sergipana, no turno da manhã, lançando a primeira antologia poética dos membros desta academia, “ALES em Versos”. Foi um evento exitoso, com as presenças de vários imortais da ASL - Academia Sergipano de Letras, Domingos Pascoal de Melo, Dr. Paulo Amado, Antônio Francisco de Jesus, o Saracura, Dra. Luzia Nascimento e Antônio Porfírio Neto. Contamos com as presenças da ilustre Patrona da ALES, a Profa. Maria Hermínia Caldas e dos membros da Academia Literária de Vida- ALV, Profa. Ivone de Mendonça, Profa. Maria Inácia dos Santos Dória, Eunice Guimarães e Neide Honorato. Do Movimento de Apoio Cultural Antônio Garcia Filho, se fizeram presentes, Prof. José Ginaldo de Jesus e João Francisco de Jesus, o Chico Buchinho, a quem devemos o acesso ao Museu de forma gratuita e gentil.
“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”. Raul Seixas foi muito feliz ao escrever esses versos da sua música Prelúdio. Com certeza é uma verdade extraordinária. Enquanto eu sonhava só, a ALES era só mais um projeto elaborado, guardado e adormecido. Quando resolvi acordá-lo, ou melhor, quando eu acordei da minha incúria, vislumbrei a possibilidade de concretizá-lo.
E fui cativando meu público, crianças carentes de atenção e perspectivas. Juntaram-se a estas, pré-adolescentes e adolescentes, instigados pela curiosidade de escrever algo emanado do seu modo de pensar e fazer. Pássaros com asas, mas que estavam em gaiolas diversas. As grades resistentes, os impediam de alçar voos, de libertar o ser que suplicava pela liberdade no interior de cada um.
E fui convencendo e sendo convencida, fui aprendendo e ensinando, em meio às dificuldades e tantos problemas de logística, que eu precisei buscar forças para superar e não desistir deles e do nosso sonho de ver a Academia de Letras Estudantil de Sergipe, entre tantas outras academias de destaque, produzindo e dando uma resposta positiva a quem acreditou que podíamos fazer a diferença.
E creio que demos esta resposta nesta manhã do lançamento da antologia ‘ALES em Versos’, com inúmeras declamações poéticas, depoimentos diversos de membros da família dos assistidos e de amigos queridos presentes. Que venham mais sonhos, mais realizações e que nossos Alesianos e Alesianas se percebam como seres criadores e transformadores. Que a sociedade nos dê mais espaço e mais liberdade para voarmos o mais distante possível, rumo a luz do conhecimento e da sabedoria. Agradecemos o voto de confiança nos dado, mas já confessamos de antemão que ainda iremos surpreender a todos com nossas futuras ações otimistas e cheias de esperança num mundo melhor, mais igualitário e justo. E que o livro venha até nós, com mais facilidade, com baixo custo e que todos nós tenhamos mais acesso as leituras das palavras. Apesar de sabermos que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Obrigada a todos, por sonharem conosco, o sonho da ALES.
12/10/2019 









Educadora Cris Souza

sexta-feira, 18 de março de 2016

ESPECIAL? SIM !

                       

             
PARTE I

O maior problema para o professor brasileiro, não é a falta de material pedagógico. Todos sabem que eles são artistas, se viram, aprendem com anos de ingerência do setor público a transformar lixo em luxo. Quase todos sabem transformar a garrafa pet em diversos recursos para trabalharem em sala de aula, com a ajuda de pedaços de E.V.A e etc e tal.




O maior problema para o professor é receber, na sua sala de aula, um aluno especial, ou seja, com necessidades especiais, e ele não está errado. Chocados? Pois é, o sistema é obrigado a fazer a matrícula da criança, sob pena de responderem na justiça todos os envolvidos, na negativa: do Secretário da Educação ao Diretor Escolar.


Contudo, a obrigatoriedade não ensina, não capacita o professor e o aluno cai de pára-quedas dentro do mundinho quadrado de todos, causando uma quebra de rotina, que muitos não digerem com facilidade. A criança é matriculada, os pais só sabem apresentar o papel de autorização, como se dissessem, "Pronto, agora o problema é de vocês", o sistema dá as costas, já que a única preocupação dos governantes é fugir das penalidades, e o professor fica só, sem treinamento, recursos específicos e apoio.


E a criança, nesta história, qual é o seu protagonismo? Quase que nenhum. São dois perdidos no processo ensino-aprendizagem: o professor e o aluno. E aí, o tempo passa, ambos ficam estressados, e a maior vítima é a criança que fica com seu desenvolvimento comprometido.


Cris Souza

18.03.2016


Educadora Cris Souza, pedagoga, jornalista, escritora e professoras da rede pública estadual e municipal - Aracaju/Se

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