Sempre trabalhei buscando fomentar a leitura e a escrita, desde que fui alfabetizada. Daí alfabetizei as irmãs, os vizinhos e hoje busco atingir a todos com minhas ideias maluquinhas, kkkkk, a Biblioteca Comunitária Bcvl, Café Poético Sergipano e o Sarau Sergipano de Mulheres. E o melhor, sempre encontro sonhadores como eu, não é Domingos Pascoal, Claudia Stocker e Neide Honorato? Na foto, em 2007, respondo pq criei a BCVL. Porque percebi que as crianças que frequentavam o cantinho de leitura da sala, eram mais desenvolvidas. A leitura é tudo de bom.
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domingo, 28 de fevereiro de 2016
OS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
O título deste artigo é angustiante. Posso deixar meu leitor ou leitora confuso. Se eu sei os problemas, também sei quais são as soluções. Que eu descobri a fórmula mágica. Não é isso. Eu sei pontuar os problemas, porque vivo a educação 24 horas, como professora que sou com quase 20 anos de magistério público. Sei o que é querer dar uma aula e não ter nem o giz, pedir uma folha de sulfite e escutar um não. Lápis de colorir nem pensar. Realmente ser professor num país que não entende, que a educação liberta seu povo, é complicado.
O Brasil ocupa a 60ª posição no ranking de educação, numa lista com 76 países, só ficando a frente de países como Argentina, Colômbia e Gana, segundo os dados da OCDE( A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Mas porque isto acontece? Eu acredito que seja devido o valor de investimento por aluno, que é um dos menores.
Enquanto aqui se gasta U$ 2.751 por aluno, a Rússia gasta U$ 4.100 e os Estados Unidos U$ 10.000. Claro que este não é o único problema da Pátria Educadora, mas é uma das barreiras e o que mais dificulta. Um governo que não investe na educação do seu povo, não é um governo para ser levado a sério.
Esta sou EU
Educadora Cris Souza
03.10.2015
domingo, 21 de fevereiro de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Educação: o que está errado?
Vivo preocupada com todos, principalmente com as crianças da periferia. Geralmente são elas a minha clientela, já que faço parte do corpo docente desta cidade. Sou professora da rede pública estadual e municipal. Vejo eles e me vejo. Também fui aluna de periferia, de escola pública. Filha do meio, de mãe dona de casa e pai mestre de obras. Família humilde mas focada em um só viés: educar bem os filhos. Estudei desde cedo no Grupo Escolar Ivo do Prado, vesti saia de pregas de tergal azul e blusa com mangas de poliéster branca e escudo da escola no bolso. Tempo bom. Tínhamos recreio e uma merenda boa. Sempre que fecho os olhos, recordo-me do dia da sopa e da professora pedindo para cada um de nós trazer um legume. Estudei muito, gostava de ler os livros didáticos, principalmente o de português, que tinha pedaços de textos, dos grandes poetas e escritores brasileiros. Assim conheci Drummond de Andrade, Clarice Lispector e tantos outros. Fui alfabetizada precocemente lendo o livro de páginas amarelas que pertencia a minha mãe Dona Guiomar, era as aventuras do Robson Crusoé. Esta minha bagagem, serve para eu tentar entender meus alunos e ajudá-los. Se eu consegui, porque eles não podem conseguir? o que está errado e o que não funciona? O nosso país precisa reinventar uma forma de educar as nossas crianças, com leveza e ludicidade. As escolas precisam acompanhar o interesse da gurizada. Escolas feias e sem graça não cativa. A escola precisa ser escola de aprender. De verdade. Professor deprimido e infeliz, faz mal a ele e aos seus alunos. Conteúdos extensos e cansativos requer uma metodologia específica. Eu acredito que podemos fazer mais, porque nossos jovens não merecem menos que isso. Só precisamos de coragem e vontade de fazer. Eu acredito.
Autora: Cris Souza
Autora: Cris Souza
14/12/2016
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